Livro Vida de Caminhoneiro

sábado, 15 de dezembro de 2012

VIDA DE CAMINHONEIRO NA TV GLOBO

Nesta segunda-feira dia 12 de Novembro de 2012,  estiveram presentes no Programa “Encontro com Fátima Bernardes” os escritores Jean C. de Andrade autor do Livro “Vida de Caminhoneiro” e Walter Sousa Cara Pinhe ,autor do Livro “Moda Inviolada” ,o Ator Antônio Fagundes,a Dupla Sertaneja


Chitãozinho e Xororó , a Cantora Sandy, o Piloto de Stock Car. Cacá Bueno e Romero ( Filho do radialista Zé Betio), que anos atrás entregou a Canção Fio de cabelo para que Chitãozinho e Xororó á transformasse no sucesso de hoje em dia,citando como era no começo da carreira da famosa Dupla.





Entre várias homenagens ao Ator Antônio Fagundes e seus trabalhos, houve um momento triste, por recordação da Morte de do Diretor e Ator Marcos Paulo,falecido no mesmo dia. Também foram recordadas várias canções de Chitãozinho e Xororó , a mais famosa delas “Fio de cabelo”.Sandy,linda e delicada como sempre cantou divinamente.Cacá falou de sua paixão pelo tricolor Fluminense e sobre sua admiração pelo pai Galvão Bueno.


O escritor Walter também comentou sobre a origem da música Caipira,assunto de seu livro Moda Inviolada. Por fim, o Escritor Jean C. de Andrade, quando foi perguntado por Fátima Bernardes, respondeu que a Classe Estradeira necessita de heróis e citou Antônio Fagundes como sendo este herói das telinhas, até deixou no ar o desejo de rever novamente a Série Carga Pesada com Fagundes e Stênio Garcia, também comentou sobre a história de Chitãozinho e Xororó que seguiram passos de seu pais para se tornarem os cantores de hoje, Jean C. de Andrade citou a música Fio De cabelo como preferida dos caminhoneiros.






Por fim a Dupla de cantores passarinhos revelaram sua paixão pela vida estradeira em particular por dirigir um caminhão. Xororó gosta de cavalos enquanto Chitãozinho prefere andar de caminhonete.Jean C. de Andrade presenteou A Dupla com seus Livros


“Vida de Caminhoneiro”,com uma bela dedicatória aos cantores passarinhos do Brasil,Fátima Bernardes também recebeu um Livro das mãos do escritor Jean,com outra bela dedicatória,assim marcada:

“A estrada é algo que a todos fascina, sendo misteriosa e longa, nos reserva a cada quilômetro mistérios que até servem como poesia”.



Na Imagem abaixo todos os artistas e convidados para uma foto estampada no site da Rede Globo,veja um trecho da entrevista com o escritor Jean C. de Andrade neste link...


http://globotv.globo.com/rede-globo/encontro-com-fatima-bernardes/v/caminhoneiro-classe-esta-carente-de-herois/2237515/
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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

RESENHA "VIDA DE CAMINHONEIRO"

Resenha de Vida de Caminhoneiro
21 de agosto de 2012

Vida de Caminhoneiro, do escritor Jean Carlos de Andrade, era um livro que eu estava a fim de ler há muito tempo e um certo dia o autor me deu essa oportunidade.

Eu sempre amei ouvir as histórias de caminhoneiros, sempre imaginei que dá para viver experiências bem significativas e não me decepcionei, pois o autor compartilha algumas experiências, histórias tristes, engraçadas, você ri e se emociona com muita facilidade ao ler o livro.

Aprendi muitas coisas, minha visão foi ampliada, pois não imaginava que os caminhoneiros eram vítimas de tanto preconceito, principalmente nos restaurantes. Algumas histórias causam revolta. Mas esses momentos são breves, o que predomina mesmo são momentos divertidos. O autor nos mostra os lados positivos e negativos da profissão, mas devido o seu amor ao trabalho, percebemos que o lado positivo prevalece.

Jean Andrade compartilhou algumas experiências pessoais e fica difícil escolher a melhor história, mas um momento em que eu ri bastante foi quando li sobre a festa dos carreteiros, jamais poderia imaginar que eram tão divertidas.

E como nem tudo é diversão também há no livro histórias de arrepiar, como alguns graves acidentes e a questão da violência nas estradas.

Não posso deixar de citar uma breve participação que o escritor Jean Carlos de Andrade teve na série Carga Pesada, da rede Globo. Mas essa não foi a única história interessante que ele compartilhou no livro.

Algo que gostei bastante foi o relacionamento familiar, principalmente o orgulho que o escritor tem de seu pai, que também é caminhoneiro.

Foi muito agradável ler Vida de Caminhoneiro. As histórias são interessantes e prende nossa atenção a cada linha. De uma maneira divertida acabamos aprendendo grandes lições para nossas vidas.


 
Para saber mais sobre o livro acesse:
 
 
Resenha Original no Site Apreciando a Leitura - Elaise Lima-

terça-feira, 12 de junho de 2012

POESIA ESTRADADEIRA

ESTRADA
A Estrada é algo que a todos fascina, sendo misteriosa e longa, nos reserva a cada quilômetro descobertas que até servem como poesia.
Cidades e fronteiras existem às margens de cada Rodovia, estradas duplicadas, estradas com uma só via, cortam o nosso Brasil quem nelas trafega com imensa alegria.
Descobrindo gente nova, um povo diferente, moradores do Sul e do Norte, gente que vive e trabalha com um sorriso contente.
A estrada reserva estas descobertas, conhecer um povo do Sul e também nordestino, separados por uma distância, mas que cantam o mesmo hino.
Riquezas trafegam do Sul ao Norte, carregadas em carrocerias de imensos caminhões, realidade de quem vive e trabalha no mundo do transporte.
Estradas asfaltadas, duplicadas ou mesmo de chão, estradas por onde passam automóveis, motocicletas e também o caminhão.
Estradas de asfalto ou mesmo de chão, estradas do Sul e do Norte, estrada que vai para o Sertão.
            Misteriosa de descobertas e emoção, como sou feliz em passar por ela acelerando o meu carrão.
Perigos e tristezas também existem, tem que se tomar muito cuidado com aproveitadores e com o ladrão, mas eu que sou prevenido, faço sempre uma prece em sinal de oração, pedindo para Deus que me mande em benção a sua proteção.
Assim com muita calma e tranquilo, passo pela estrada feliz e sorridente, acelerando o meu caminhão.

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quinta-feira, 12 de abril de 2012

NOITES DE BAGUNÇA - PÁG 104


           Quando comecei a trabalhar como caminhoneiro, muitos de meus amigos começaram também na mesma época. Era uma molecada sem juízo pela estrada, naquela época, o frete era muito bom e o óleo diesel era muito barato. Podíamos andar e passear com o caminhão vazio por todos os lados.
Eram caminhoneiros com dezoito e dezenove anos, todos sem um pingo de juízo. Passávamos por todo lugar possível em Pouso Alegre/MG, desde danceterias, bares e o mais legal: As casas com luzes coloridas, você sabe qual é né? Pois é! 
           Era uma festa só, cada caminhão mais enfeitado que o outro e a gente andava todos os dias, pois quando estávamos vazios não dava nenhuma diferença no frete, era uma beleza.
          Certo dia me encontrei com um amigo de Bom Repouso/MG, que me convidou para irmos a tal casa, eu topei na mesma hora. A casa era um pouco afastada da cidade, era um sítio que tinha uma porteira estreita para entrar. Chegando lá, eu entrei primeiro com o caminhão e encostei. O meu amigo, conhecido como Rubão, ao entrar bateu na porteira, derrubando toda cerca no chão, fazendo uma barulheira danada, nisso, a mulherada vendo aquele estrondo, saíram todas na janela para ver o que havia acontecido. Este meu amigo, apavorado com o que havia feito, gritou: “Vamos embora daqui antes que a polícia chegue”, saímos correndo dali, morrendo de rir.
        Outro fato que aconteceu, foi quando chegando a uma dessas casas “New Sagitários”, depois de uma chuva, era uma estrada de terra que acabei atolando o caminhão no barro, fazendo a maior barulheira tentando tirar o caminhão do atoleiro. Estava atolado bem ali, não tinha jeito, o pior é que eu estava na porta da tal casa, atrapalhando os clientes que estavam chegando para se divertir.
        A minha sorte é que outro amigo de Bom Repouso/MG também teve a mesma ideia de ir ao mesmo local com o seu caminhão. Vendo-me ali atolado e pagando mico, me ajudou e puxou meu caminhão, que desatolou.
        Nesta época a gente se encontrava muito nestes lugares, era uma festa só... “EITA” povo sem juízo.
        Foi até certo dia em que eu estava voltando de Belo Horizonte, juntamente com este mesmo amigo que me desatolou, resolvemos parar ali para fechar a viagem com alegria e um pouco de festa, apenas para beber uns drinques e dormir tranquilos. No meio daquele movimento, eu perdi meu amigo de vista e perguntei a uma linda morena se ela não havia visto ele por ali.
        Ela prontamente me respondeu que ele havia saído com a sua amiga, daí eu pensei, “Vou ficar sozinho? Também irei!” E fui.
         Neste tempo, o meu amigo também estava me procurando e perguntou a outra menina onde eu estava, ela falou que eu havia saído com a sua amiga, daí ele disse a mesma coisa.  “Eu vou ficar aqui sozinho? Também irei!” E foi.
       Mancada dupla, naquela época nós ganhávamos setenta reais por uma viagem até Belo Horizonte/MG, e ali, nós gastamos noventa reais em uma hora. Não sabíamos se chorávamos ou se caíamos na gargalhada. Só sei que um olhou para o outro e repetimos: “Mas como você é bobo!”
       Depois deste fato, nunca mais passei na tal casa, o meu amigo também não quis nem saber. De vez em quando eu encontro com ele e relembro com muita risada esta nossa inexperiência de vida.

      

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quinta-feira, 22 de março de 2012

FRASES NO PARA-CHOQUE


 Desde pequeno em viagens com meu pai, já me divertia lendo frases na traseira dos caminhões pelas estradas. Eram frases robustas, amorosas, religiosas e até debochadas, mas muito legais.
       
Quando eu comecei a trabalhar como motorista, a primeira coisa que fiz foi escrever uma frase no lameiro do caminhão.
Muitas das frases que escrevi ao longo de minha profissão, fizeram muito sucesso e arrancavam gargalhadas, até elogios de algumas pessoas.
Com dezoito anos de idade, ainda tinha uma aparência de moleque e não parecia nem de longe um caminhoneiro. Foi aí que nasceu a ideia de escrever uma frase engraçada no lameirão do caminhão de meu pai.
            A frase dizia assim:PERIGO! Criança no volante”, cada vez que eu ultrapassava alguém na estrada, este vinha e me ultrapassava novamente, para me ver ao volante e cair na risada.  
Sempre me diverti muito com a minha profissão e com as frases que já escrevi.
Também já escrevi frases sérias e ameaçadoras no estilo de ser bruto.
             “Não julgue um homem pelo seu tamanho, mas sim pelo seu caráter”, foi uma frase minha em um dia de desabafo para o mundo, em tempos de rebeldia, claro.   
Escrevi na frente do caminhão assim: Saia da frente” e na traseira: Se não eu passo por cima”, coisas de quem queria intimidar pelo tamanho do bruto, apenas por brincadeira, pois sempre respeitei a todos com muita educação pelas estradas do Brasil.
             Já escrevi: Interceptor, Predador, Só na Moral e nos tempos do sucesso do funk, Tá dominado, tá tudo dominado, frase que fazia o maior sucesso quando eu estava no Rio de Janeiro.  
Também escrevi frases religiosas: Rogai por Nós, Comigo no volante e com Deus a todo instante, Leia a Bíblia, Agradeço ao Senhor e muitas outras. Também dei uma de jovem, pois eu era mesmo: Jovem não dorme, dá um tempo, Comando jovem, Juventude maluca.
E por ser capoeirista, sempre em todos os caminhões em que trabalhei, escrevi bem no meio da carroceria: 100% CAPOEIRA, sempre com meu nome ao lado, Jean C. de Andrade.

Frase é algo muito legal, pois permite que possamos nos comunicar e nos expressar, mostrar de certo modo quem nós somos e do que nós gostamos, isto já se tornou uma cultura para os caminhoneiros. Que caminhão não tem uma frase por menor que seja? É sempre o caminhoneiro querendo se expressar para o mundo, avisando que ele está ali e que é um amigo.
             Cada frase causa um sorriso para quem está lendo ou mesmo um momento de oração, com a lembrança de Deus ou da família. Desperta sentimento de indignação com nossos governantes, com frases que puxam a orelha de políticos corruptos.

             Uma vez ouvi uma história e achei muito engraçada, um motorista escreveu assim: Não gosto de polícia, quando foi parado por um policial, que lendo a frase e logicamente não gostando nada, exigiu que o motorista apagasse a frase naquele momento, por estar acuado pelos policiais, o motorista apagou ali mesmo. Em outro dia, o mesmo policial parou-o novamente, para ver se ele não tinha reescrito a frase, sabe o que ele escreveu? Apagar eu apaguei, mas que eu não gosto, eu não gosto mesmo! Foi um desabafo muito engraçado que demonstrou todo sentimento daquele caminhoneiro. Vejam algumas frases que já vi estrada afora:

Mulher é igual à abelha, dá mel ou ferroadas.

Há males que vêm pra piorar.

A coisa fica preta se o beijo for entre duas carretas.

Nem todos podem ser grandes, mas todos podem ser bons.

Por que o orgulho se o futuro é a morte?

Beijo não é cultura, mas vale a pena conhecer várias línguas.

De nada adianta ter barriga de tanquinho se a torneira é pequena.

Macho que é macho come perereca, mas às vezes engole sapos.

Não ande mais rápido do que seu anjo possa acompanhar.

Quando soube que seu passado era fogo nosso amor virou cinza.

Não dirija dormindo para não deixar chorando quem te espera sorrindo.


                 Estas são algumas frases, de milhares que já li, haverá outras ainda. Quando você alcançar um caminhão, leia a frase e se for legal, buzine e cumprimente, o caminhoneiro, com certeza vai gostar.
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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

ALEGRIA DE CAMINHONEIRO -PÁG 26



Caminhoneiro é um sujeito engraçado, se estiver carregado, quer estar vazio, se está vazio, quer estar carregado”.

É um rolo que até eu não entendo, pois “se está ali, quer estar aqui, se vai quer voltar”, sempre com aquela canção sertaneja no rádio, ou toca CD, com aquele sorriso enorme sempre buzinando para mulherada às margens da estrada, apenas por farra, diversão, nunca se esquecendo da mulher amada que o espera em casa, com amor, carinho e paixão.
             Apesar da aparência rude, o caminhoneiro é um cara legal e muito humano, portanto, nunca deixe de cumprimentar quando passar por um. O caminhoneiro carrega o progresso e o alimento da nação, é uma pessoa muito importante para o nosso Brasil.
             Mas olha só o que já me disseram: “que a vida de um caminhoneiro é comparada a vida de um cachorro”, era só o que me faltava, “porque dorme enrolado, faz xixi nos pneus, come resto e acaba morrendo na estrada”. Parece engraçado, mas quem inventou isso, não tinha o que fazer, a maioria dos caminhoneiros já deve ter ouvido isso em algum lugar, com certeza, não gostou.
            Bom, eu apenas rio e continuo minha viagem, seja para o Sul ou para o Norte, não importa o destino, sempre “modulando” meu PX com toda a galera da estrada, meu QRA é Terremoto, algo que já causou muita risada entre os estradeiros, mais uma curiosidade que vou contar...
 Certa vez estava conversando pelo rádio PX com um carreteiro na Via Dutra, conversa vem e conversa vai, eu me apresentei como terremoto, disse que iria parar em um posto da Via Dutra, no qual ele disse que também pararia, para me conhecer pessoalmente e apertar as “munhequeiras”, gíria que usamos pra dizer, apertar as mãos!
             Eu entrei no posto, fui até o restaurante e encostei-me ao balcão, perto de outros motoristas grandalhões que ali estavam, pedi um café e ali fiquei. Na época, eu era mesmo bem menor, pesava uns 55 quilos, mas usava aquele QRA “Terremoto” no rádio, vejam só a incoerência física.
   Fiquei perto da porta para esperar o tal carreteiro, cujo QRA era Falcão, foi quando ele entrou, devia ter uns dois metros de altura, passou por mim quase que pisando no meu pé, nem deu bola, foi até o balcão onde estavam os grandalhões e disse em voz alta: “Qual de vocês é o Terremoto”?
             Ninguém respondeu, então eu gritei lá de trás: “Sou eu!”
            Todos olharam para trás e caíram na risada, inclusive o Falcão que foi logo dizendo:
 “Poxa vida! Eu pensei que Terremoto com um vozeirão desses seria um gigante!”

  Foi muito engraçado, mas no final de tudo, eu fiquei conhecendo o Falcão e vários outros caminhoneiros que ali estavam e que acharam muito legal o que havia acontecido. São fatos alegres que sempre acontecem pelas viagens nos mostrando a alegria do caminhoneiro. 
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