“Caminhoneiro é um
sujeito engraçado, se estiver carregado, quer estar vazio, se está vazio, quer estar
carregado”.
É um rolo que até eu não entendo, pois “se está ali, quer estar aqui, se
vai quer voltar”, sempre com aquela canção sertaneja no rádio, ou toca CD, com
aquele sorriso enorme sempre buzinando para mulherada às margens da estrada,
apenas por farra, diversão, nunca se esquecendo da mulher amada que o espera em
casa, com amor, carinho e paixão.
Apesar da aparência rude, o caminhoneiro é um
cara legal e muito humano, portanto, nunca deixe de cumprimentar quando passar
por um. O caminhoneiro carrega o progresso e o alimento da nação, é uma pessoa
muito importante para o nosso Brasil.
Mas olha só o que já me disseram: “que a vida
de um caminhoneiro é comparada a vida de um cachorro”, era só o que me faltava,
“porque dorme enrolado, faz xixi nos
pneus, come resto e acaba morrendo na estrada”. Parece engraçado, mas quem
inventou isso, não tinha o que fazer, a maioria dos caminhoneiros já deve ter ouvido
isso em algum lugar, com certeza, não gostou.
Bom,
eu apenas rio e continuo minha viagem, seja para o Sul ou para o Norte, não
importa o destino, sempre “modulando” meu PX com toda a galera da estrada, meu
QRA é Terremoto, algo que já causou muita risada entre os estradeiros, mais uma
curiosidade que vou contar...
Certa vez estava conversando pelo
rádio PX com um carreteiro na Via Dutra, conversa vem e conversa vai, eu me
apresentei como terremoto, disse que iria parar em um posto da Via Dutra, no
qual ele disse que também pararia, para me conhecer pessoalmente e apertar as “munhequeiras”,
gíria que usamos pra dizer, apertar as mãos!
Eu entrei no posto, fui até o restaurante e encostei-me
ao balcão, perto de outros motoristas grandalhões que ali estavam, pedi um café
e ali fiquei. Na época, eu era mesmo bem menor, pesava uns 55 quilos, mas usava
aquele QRA “Terremoto” no rádio, vejam só a incoerência física.
Fiquei perto da porta para esperar
o tal carreteiro, cujo QRA era Falcão, foi quando ele entrou, devia ter uns
dois metros de altura, passou por mim quase que pisando no meu pé, nem deu
bola, foi até o balcão onde estavam os grandalhões e disse em voz alta: “Qual de vocês é o Terremoto”?
Ninguém respondeu, então eu gritei lá de trás:
“Sou eu!”
Todos
olharam para trás e caíram na risada, inclusive o Falcão que foi logo dizendo:
“Poxa vida! Eu pensei que Terremoto com um
vozeirão desses seria um gigante!”
Foi muito engraçado, mas no final
de tudo, eu fiquei conhecendo o Falcão e vários outros caminhoneiros que ali
estavam e que acharam muito legal o que havia acontecido. São fatos alegres que
sempre acontecem pelas viagens nos mostrando a alegria do caminhoneiro.
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