Um grupo de caminhoneiros iniciou na madrugada desta
segunda-feira protestos em rodovias e avenidas de pelo menos seis Estados. O
movimento, que pede a renúncia da presidente Dilma Rousseff, foi organizado por
motoristas autônomos desvinculados dos sindicatos e não tem previsão para
acabar.
Em Minas Gerais, a manifestação já dura mais de oito horas,
segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). No momento, estão interditadas as
rodovias BR 381, do quilômetro 359 ao 513, na altura de João Monlevade (MG); a
BR 262, no quilômetro 412, em Igaratinga (MG); e a BR 040, no quilômetro 627,
em Conselheiro Lafaiete (MG). Em Capim Grosso, na Bahia, manifestantes
interditaram o quilômetro 230 da BR 407 e queimaram pneus.
Motoristas também protestam em cinco pontos diferentes na BR
376, no Paraná, na altura das cidades de Paranavaí, Nova Esperança, Apucarana e
Califórnia. Em Santa Catarina, na cidade de São Bento do Sul, o quilômetro 122
da BR 280 está bloqueado parcialmente. No trecho, os caminhoneiros deixam livre
a passagem para automóveis e ônibus. Pela manhã, houve interdições em vias do
Rio Grande do Sul. No entanto, elas já foram liberadas, segundo a PRF.
Em São Paulo, os caminhoneiros interditaram totalmente a
pista expressa da Marginal Tietê, na altura da Ponte da Casa Verde, na Zona
Norte da cidade. Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), os
motoristas começaram a ocupar o local por volta das 11h.
De acordo com o organizador do movimento, Ivar Luiz Schmidt,
não há previsão para o fim da greve. "Ficaremos paralisados até que a
presidente Dilma renuncie", afirmou. Schmidt também foi o responsável por
liderar a paralisação de fevereiro, que ocorreu em diversos Estados e chegou a
afetar a distribuição de combustível pelo país. Na ocasião, o grupo pedia pela
redução do preço do óleo diesel, criação do frete mínimo e liberação de crédito
subsidiado para os transportadores. "As reivindicações (de fevereiro) não
foram atendidas. Agora não queremos negociar, não aceitaremos acordo. Queremos
a renúncia da presidente", afirmou Schmidt.
Apesar da articulação, a categoria representada pela
Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Carga Geral do Estado de São Paulo não
aderiu ao movimento. "Os sindicatos entendem que o governo federal tem
dificuldades para cumprir todas as requisições. Por, isso não aderimos à
greve", afirmou o presidente da Federação dos Caminhoneiros de Carga em
Geral do Estado de São Paulo, Norival de Almeida Silva. Para Almeida, a
paralisação não assusta. "Pelo que pudemos observar, são poucos os
motoristas que vão aderir ao movimento", disse.
(Informação extraída da Veja.com)
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